Devo dizer, também, que conquistei pequenas coisas que me tornaram melhor, mas perdi coisas mínimas que me esvaziaram.
Pela primeira vez olhei nos olhos de uma pessoa mau caráter e senti medo de me tornar igual.
Este ano chorei, chorei porque alguém de quem gostava se foi pela morte.
Chorei por bons motivos também, porque alguém de quem gosto se foi para tentar outra sorte.
Me descobri como mulher de outras maneiras. Me culpei por ser bonita. Me escondi com vergonha de mim mesma. Me revirei para entender onde eu estava me metendo. Mas mudei, mudei e me percebi mais livre, nem por isso menos angustiada, menos duvidosa, mas certamente mais segura.
Resolvi que me deixaria chorar quando fosse preciso, e chorei. Chorei porque deixei de acreditar que o choro é fraqueza, chorei porque me fizeram chorar, chorei porque me prometi ser diferente, chorei porque...
Aprendi que não se pode viver só, mesmo que a solidão conforte.
E de repente, quando tudo parecia caminhar diferente, vi que na verdade repeti erros mas também tateei acertos.
Difícil....
Difícil fazer um balanço de um ano tão intenso, com tantas mudanças, caminhos, pessoas, conflitos.
Este foi um ano de desistências, de jogar a toalha, de errar, de pequenos grandes acertos, mas sobretudo um ano de mudanças.
Deve dizer que neste ano fui mais feliz que ano passado, embora este tenha sido mais dolorido.
Devo dizer que ainda sou uma pessoa tola, dessas que tecem esperanças sobre o vazio e costumam sorrir dos problemas.
Mas em 2013 quero enfrentar o que não tive coragem e construir fios mais sólidos. Quero poder realizar o que tive medo.
Não parece, eu sei, mas estou otimista.
Até lá, sorte pra nós...