29 setembro 2012

Tempo

Há quantos tempo nos conhecemos? 20? Quase 30 anos? Pelo menos foi a esse número que cheguei nas minhas últimas contas. Deve dizer que fizemos sexo? Devo dizer o que a nosso respeito?  Por não saber, digo aquilo que sempre digo, que somos amigos de infância, que nossas famílias se conhecem desde de que me conheço por gente, que estudamos juntos e construímos uma história que talvez tenha errado o tempo, a forma, a vez. 
Há quanto tempo nos conhecemos? Duas, três, cinco semanas? Não sei te dizer, sei apenas que te conheço desde que eu sorri e você brincou com meu nome. Te conheço desde que brindamos o primeiro copo, desde nossa primeira aventura, despedida, frio na barriga, decepção, volta, sorriso. Sei o que você me conta, o que eu percebo e o que os meus olhos enxergam.
Há quanto tempo nos esbarramos? 20, 30 anos? E porque não nos vemos, não nos sabemos, não nos envolvemos?
Há quanto tempo nos procuramos? Hoje, amanhã, ontem? E por quê? É porque te vejo por dentro e por fora, porque somos íntimos, porque o tempo simplesmente não precisou nos dar mais tempo ao tempo.