23 fevereiro 2011

Uma pequena paródia com as estações do metrô de SP. Claro, não tem como não forçar a barra. Eu me diverti escrevendo, espero que vocês se divirtam lendo.


Ana Rosa


Ana Rosa namorava o Arthur Alvim, conheceram-se ali nos arredores de Santos, junto à Imigrantes, naquela peculiar Parada Inglesa. Isso porque o cara era gringo, dono do maior Campo Limpo Paulista de criquet.
Estar com ele era o Paraíso. Só que Arthur era mulherengo, deu logo em cima da
Armênia. Ana até perdou-o, mas não deixou passar quando ela pegou Arthur com três amigas suas da Vila: a Mariana, a Matilde e a Madalena. A pobre Ana ficou na maior Barra Funda e não havia Brigadeiro ou sorvete que lhe trouxesse Consolação.
Do Alto do Ipiranga Ana se jogou, caindo justamente no braços do belo Pedro, o II que a deixou. Bastou ele conhecer a abastada Penha Bresser e decidiu d imediato mudar-se para Belém, lá no Pará.
Brás, Ana conheceu na praça da Sé, um briguento, muambeiro conhecido do Largo 13 e Carandiru. Ana não foi Pudente, pois na Vila ele era um famoso Tiradentes, conhecido por mandar alguns às Clínicas, ou ao Tietê, dependendo de seu humor.
Ana já estava em desespero, pedindo à Santa Cruz uma ajudinha. Rezou até para o
Sto. Amaro, que ela nem sabia por qual causa olhava.
Num passeio à nascente do Tamanduateí conheceu o Tucuruvi. O cara era índio, da tribo Jabaquara, mas amante do Masp e das estradas do Senador Vergueiro. Mas o Tucu era meio doido e caminhava sozinho pelas ruas com seu boi, um Capão Redondo.
Vendo Ana em desespero, a Dona Conceição tentou ajudar e levou-a em Itaquera, lá no campo do Corinnthians. Ali Ana conheceu o São Bento, rapaz de boa Saúde. Só que o cara também era super esquisito. Pudera, amante da República vestia-se igual ao Marechal Deodoro e saudava a todos “Sacomã, Sacomã!”. Ela ia precisar ser Santana para aturar. Largou-o e conformou-se que arrumar namorado estava mais difícil do que achar um bem cuidado Jardim em São Paulo.
Como a Esperança é a última que morre, Ana Faria qualquer Lima pra se acertar no amor e rezou para tudo o que é Santo: Sta. Cecília, São Joaquim, e claro São Judas, causas impossíveis.
Foi andando a pé pela Praça da Árvore que Ana finalmente conheceu Giovanni
Gronchi. Ele era um Patriarca da família Sumaré. Sua conta bancária? Uma Vila
Mapa Metro SP
das Belezas e a paixão bateu mesmo quando ele chegou com seu Carrão ao lado dela e perguntou: “Ta tu a pé baby?”. Ana derreteru-se toda. Giovanni era a Luz no fim do túnel. Além de tudo, ainda dava a ela a Liberdade que precisava. Ana finalmente se casou, lá na Chákara do Klabin, e desde então eu nunca mais a vi.