A última vez que te vi, veja só, você não estava de pijamas, nem de terno, mas numa camiseta larga e calça jeans. Eu te encontrei por acaso, fumando um cigarro num momento contemplativo.
Conversamos vagamente, e nos despedimos sem cerimônias.
E pensar que eu te amava tanto, e agora mas sei por onde você anda.
A minha vida, como a sua, seguiu; novos anos se passaram, nossas experiências se entrecruzaram pouco, nossos amigos em comum se desfizeram, aos poucos eu nem sei por onde anda seu rastro.
Contudo, aquele cigarro que você fumava me fez ter vontade de voltar a fumar, só pra te beijar de novo. Mas achei aquilo uma bobagem.
Quando lhe beijei o rosto pra dizer tchau, queria ter te beijado na boca, pra poder quem sabe sentir aquele amor que um dia senti.
Só que a verdade é que você não tem mais espaço pra mim, e talvez eu não tenha espaço pra quem você é hoje. Porque nossa amor se esvaiu como a fumaça do cigarro, indo embora contemplativa na direção oposta do vento.