Que fique claro, desde já. Que eu não te detesto, porque não sei como você é fora daqui. Mas detesto essa tua ironia que te percorre, esse sadismo em humilhar e assoprar que sempre te deu prazer.
Se você fez faculdade por esforço seu, se veio da favela, do gueto, não me importa. Ou você por acaso um dia já me perguntou minha história de vida antes de me jogar na cara que seu pai bebia?
E reconheço tua garra, teu esforço, tudo mais. Mas você não sabe nada sobre mim, querido, nunca saberá.
Gente que destrata as pessoas é gente merda. Gente assim como você.
Então, queridão, pouco me importa se você ri pelas minhas costas, se de repente se acha tão superior. A mim importa que você suma, corra e me deixe em paz. Afinal, gente que bisbilhota e cutuca assim sem mais é gente merda. E gente que nem você, como eu, que dá indireta pela Internet por achar que assim, desta maneira, tá tudo bem.