31 julho 2012

Dona Morte


Ri para mim ela
vestida em preto branco,
a figura magrela
atrás do velho manto.

A face cinzenta. É careca,
irônica e torta
Mas diz-se fina boneca
inclusive quando arrota 

E, como pode?
É tão etérea, que porte!
Justo a cinza megera
já conhecida morte.

Quer mais? Veja só
além de tudo é arquétipa,
quer passar por santa.
Dos dentes tenho dó.
É uma figura patética
e inclusive manca.

É louca, chata, enfim,
decerto não teve sorte
Só peço eu, dona morte,
que passe longe de mim.



Não sou boa nas poesias, mas essa me gusta :)