11 janeiro 2011

Primeiro post deste Blog, no qual pretende publicar contos semanalmente. Tentei colocar uma imagem pra acompanhar, mas o firefox não quer deixar, vai sem mesmo.







Segredos


- Que mais além de mim, quebra ou é de vidro?
Nem me lembro quanto tempo faz, mas foi assim que ele me disse em segredo enquanto corríamos pelo gramado. Éramos ainda crianças, e há poucos instantes eu lhe havia dado um chute na canela. Constumávamos jogar sempre futebol, mas não iamos só pelo jogo. Tinhamos amigos, mas desde aquele tempo entre nós já era diferente.
Quando nos olhamos pela primeira vez já quase não éramos mais crianças. Ele esperou que todos saíssem do vestiário e se aproximou.
- Se você encostar em mim, eu te chuto até a morte! - Eu disse.
- Se você enconstar em mim... Ah! Se você enostar... - Ele me sussurrrou à orelha como uma pequeno adulto. Devia ter ouvido aquela cantada barata em algum lugar.
Eu nunca estive pronto, não queria ser chutado até a morte no meio da rua.
- Vergonha de nós, é isso? - Foi assim que prosssegiram-se nossas últimas discussões. Eu era o medo e o receio. Ele a coragem e a o desequilíbrio.
Mas um dia eu me tornei coragem, estufei o peito. Estavamos na casa dele quando fui pego com a cabeça deitada em seu colo; ele me fazia cafuné. Fui puxado pelo braço, arrastado até em casa. Meu pai dirigiu sem palavras, prendeu-me no quarto, cortou meus telefonemas.
- Fui estilhaçado. - Foi a mensagem que chegou dele a mim. Eu era um adolescente amordaçado, mas pulei a janela, corri para a rua. Quem poderia me ouvir? Eu era um adolescente calado, aos poucos sozinho.
- Que faremos agora? - Perguntei a ele medroso. Ele virou-se para mim, beijou-me de leve e contraiu o senho de dor devido aos lábios inchados. Os olhos azuis ofucsdaos pela rouchidão dos hematomas. Ainda assim abraçou-me, protegeu-me e quebrou aquele silêncio vazio.
- Quebra ou é de vidro. Que mais além de nós?