19 dezembro 2013

Então é Natal


Nesta semana eu fui a algumas lojas comprar presentes de Natal, e quando estava sentado, com alguns pares de sacolas nas mãos pensei no por que de tudo aquilo?

Era como se o tempo tivesse parado e eu estivesse ali, olhando as pessoas correrem de lá pra cá sem ser visto.
- Eu quero - dizia a menina de cachos negros sobre uma boneca que lhe agradava os olhos - eu quero!
E sobre quereres e desejos as pessoas assalariadas ou não percorriam os corredores das galerias, comprando quase tudo o que viam pela frente.
Eu, há apenas alguns minutos fizera parte de tudo aquilo, e sob a ótica sociológica julgava aquilo que faço parte.  
- Eu quero - dissera eu a mim mesmo, ao ver o eletrônico lançado há algumas semanas. 
Talvez, por fazer parte daquilo fiquei tão assustado, incrédulo. Querer, olhar, desejar, comprar... 
Sorri, e sob a ótica de quem se insere eu olhei as pessoas passarem apressadas. Era engraçado. 
Mas sem qualquer hipocrisia, não pensei em doar meu presentes para a caridade ou coisa parecida, não pensei numa maneira de mudar o estabelecido. Apenas sorri e caminhei alegre pelos corredores enfeitados, pensando que no próximo ano, quem sabe, eu pudesse fazer diferente.