10 março 2011

Um poema velinho, mas não consegui escrever ou revisar nada nessa semana. É só mesmo para que não ficar vazio por aqui ;)



Dona Morte
26/07/2005

Ri para mim ela
vestida de branco,
a figura magrela
atrás do velho manto.

A face cinzenta e careca.
É irônica e torta,
se diz fina boneca
tão nojenta a menina.

E como pode?
É tão etérea, que porte.
Justo a cinza megera
já conhecida morte.

Quer mais? Veja só
além de tudo é arquétipa,
quer passar por santa.
Dos dentes tenho dó.
É uma figura patética
e inclusive manca.

É louca, chata, emfim,
decerto não teve sorte
Só peço eu, dona morte
Que passe longe de mim.