03 outubro 2012

A morte

morte nunca é fácil, nunca é aceitável, nunca nos parece boa. A morte aos 5 é devastadora, 20 arranca-nos o coração, aos 30, aos 40, aos 50,aos 90, não importa; nos desarma, nos fere, nos destroi. Destroi porque não importa a idade, a gente sempre acha que as pessoas são eternas, a gente sempre acha que a sabedoria supera a doença, que o otimismo supera as angústias, que a vida supera seu próprio fim.
morte nunca é fácil, nunca é bela, sublime, simples. Nem por isso precisa ser assustadora, embora seja, nem por isso precisa ser vazia, embora pareça, nem por isso precisa ser temida, embora seja. 
morte é desses mistérios que a gente vê na vida, é dessas coisas que a gente tenta racionalizar e não consegue, é dessas coisas que a gente fica fingindo que não se importa. Talvez porque a morte seja dessas coisas da vida, dessas coisas que a gente sabe que são assim mas nos machucam, nos ferem, nos intrigam. A morte: simplesmente a única  certeza, o mais duro aprendizado. Afinal, a vida é assim e tudo o que vive, morre.  

Um comentário:

Otávio M. Silva disse...

Pois é Denise, a humanidade vem tendo que lhe dar com esse dilema desde sua gênese e é um assunto que poderiamos faicar horas falando e nucna chegariamos a uma conclusão certa, mas sua palavras foram bem incesivas.

Ficaria Alegre se desse uma olhada do meu espaço também.

Forte Abraço
F. Otávio M. Silva
http://himperiter.blogspot.com.br