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Ah! Noite! E dançava! As mãos perdidas descendo pelas coxas que vibravam ao som dos surdos.
E diz pra mim - ou dizia - o que é essa paixão me me sobe pela nuca e me devora pelas costas?
Se eu não sou nada pra você, porque não me larga dos olhares? Se não lhe sirvo pra um mês porque te sirvo para uma noite?
Somos assim, deixa ver, tão distantes, enquanto seu corpo desce e desce e escorrega e desce mais.
Então por que não olha pra mim enquanto dança e me diz que medo é esse? Quem é essa ilusão que flerta comigo sem me dizer sequer o nome. Você e eu somos a história que só existe em mim, o corpo ardente que me aquece a alma e me sobe a voz; enquanto você continua a descer e escorregar ao som dos surdos.
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