"A violência é tão fascinante, e nossas vidas são tão normais, você passa dia e noite e sempre vê, apartamentos acesos" Renato Russo
Um, dois , três, quatro, cinco disparos. Os estrondos secos perfuraram a noite de verão, onde sorrisos e semblantes cansados se perdiam entre cerveja, pizza e horas de trabalho.
O ônibus fez a curva, o homem correu, e antes que parasse no ponto arrematarem-lhe mais três projetis na cabeça. Os passageiros deitaram-se no chão e num sopro de segundo as respirações estavam mais fortes, os olhos arregalados, as vozes em silêncio e consolo.
Os celulares ligavam desesperados enquanto o sangue ainda quente escorria pelo asfalto. Uma vida que se esvaiu num acerto de contas, espalhando sua dívida a quem passou, ouviu, observou.
Num instante a conversa dá lugar ao grito, os corpos abaixam-se acuados.
Definha o corpo no asfalto enquanto as vítimas fogem e escondem-se acuadas e tementes, sabendo que hoje ainda não foi seu último suspiro, mas que o amanhã, incerto, não lhes pertence.
19/12/2011 - Por volta das 21h55min
Ainda não achei nenhum notícia sobre o ocorrido na imprensa.
http://www.youtube.com/watch?v=CbjLS0ZuVm4
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